Caracterização Fisiográfica da Bacia

Os estudos da precipitação na bacia dos Rios Corumbá, Veríssimo e porção goiana do Rio São Marcos, demonstraram a presença evidente de uma demarcação sazonal indicada pelo período seco durante os meses de maio a agosto, com precipitações médias mensais próximas a 0 mm, enquanto no período chuvoso, compreendido entre os meses de setembro a abril, as precipitações médias mensais variam em torno de 270 mm, como pode ser observado na Figura

Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 224
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Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 222.

Litologia

A litologia na UPGRH dos Rios Corumbá, Veríssimo e porção goiana do Rio São Marcos é composta predominantemente por rochas metamórficas, com ocorrências expressivas de rochas ígneas e material superficial, principalmente na porção leste da UPGRH. Na parte central da UPGRH há misturas de rochas metamórficas e sedimentares, rochas ígneas e também misturas entre essas rochas ígneas e metamórficas.

Devido a predominância do metamorfismo, também há uma expressiva ocorrência de falhas geológicas, indicando que a recarga de águas subterrâneas ocorre por meio de falhas e fraturas em rochas metamórficas, que geralmente se caracterizam pela alta dureza e baixa permeabilidade. O metamorfismo da UPGRH também é um indicador de relevos declivosos, onde geralmente ocorrem transformações de solos por meio de processos erosivos.

Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 176
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Declividade

A UPGRH dos Rios Corumbá, Veríssimo e porção goiana do Rio São Marcos apresenta uma importante variação altimétrica, de 878 metros, sendo que a sua menor altitude é de 477 metros e a maior é de 1355 metros com expressiva variação do relevo.  

Na porção norte da UPGRH, no entorno do Distrito Federal, estão as localidades de maiores altitudes, superiores a 1000 metros, enquanto na foz da UPGRH, na confluência com o rio Paranaíba, estão as menores altitudes, numa variação entre 477 e 600 metros. A UPGRH apresenta uma importante variação de declividade de 124,34%. Há várias localidades planas, com declividade de 0%, mas há locais onde a declividade chega a 124,34%, com terrenos de inclinação superior a 51o. O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (Santos et al., 2018), categoriza o relevo conforme seis faixas de declividade: relevo plano (0% a 3% de declividade); suave ondulado (3% a 8%); ondulado (8% a 20%); forte ondulado (20% a 45%); montanhoso (45% a 75%) e escarpado (> 75%).

Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 180
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Geomorfologia

Na UPGRH dos Rios Corumbá, Veríssimo e porção goiana do Rio São Marcos, a predominância de litologia metamórfica faz com que ocorra expressiva movimentação do relevo, sendo assim, nos locais de ocorrência de rochas metamórficas, onde os terrenos são mais declivosos, a geomorfologia é de Dissecação Estrutural e Pediplano Degradado Inumado.

Nas regiões de ocorrência de litologia sedimentar, ocorre Dissecação Homogênea Tabular, propícia para o desenvolvimento de atividades agrícolas, pois favorecem a ocorrência de relevos planos e solos profundos que viabilizem o manejo de agricultura mecanizada, conforme se pode observar na Figura.

Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 181
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Susceptibilidade Erosiva

O cálculo da susceptibilidade erosiva é feito por meio da integração espacial entre dados de precipitação, solos, relevo e uso do solo, utilizando-se a equação universal de perda de solos proposta por (Wischmeier e Smith, 1978), e realizando-se a categorização da perda de solos, conforme proposta por (Perovic et al., 2013), que classifica a susceptibilidade de fraca a muito severa com base na perda de solo em tonelada por hectare por ano (ton/ha.ano):

Perda de Solo (ton/ha ano)

Nível

<5

Fraca

Entre 5 e 10

Moderada

Entre 10 e 20

Alta

Entre 20 e 40

Muito Alta

Entre 40 e 80

Severa

>80

Muito Severa

 Na UPGRH em estudo, a média da perda anual de solos é de 2,15 ton/ha.ano, portanto a susceptibilidade erosiva é considerada fraca. No entanto, em muitos locais na UPGRH, de declividade do terreno muito acentuada, com solos de alta erodibilidade, onde a perda de solos é muito severa, esse valor pode chegar a 225,50 ton/ha.ano.

A susceptibilidade erosiva possui uma relação muito importante com o relevo e com o tipo de solo. Na UPGRH, os locais de maiores susceptibilidades erosivas são as de Neossolos e Cambissolos, em terrenos de maiores declividades. Assim, os locais de susceptibilidade erosivas mais elevadas são aqueles de maiores declividades e que estejam em uso por pastagem ou agricultura. Então, apesar desta UPGRH apresentar susceptibilidade erosiva fraca, é necessário atenção com a ocupação das áreas com Neossolos e Cambissolos, evitando-se desmatamentos, principalmente em terrenos declivosos e nas proximidades de corpos hídricos.

Fonte: Diagnóstico da UPGRH Dos Rios Corumbá, Veríssimo e São Marcos – (Produto 2) – Versão 6.0 – Pág. 184
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